25 de Setembro de 2006
Tenho saudades da minha escola, talvez mais, porque a minha escola já não existe – Foi destruída por uma das últimas reformas da rede escolar. A escola da Rua Prof. António Fortunato da Rocha Quaresma, a EB1 n.º 1 de Pombal.
Era uma escola com carácter, com um projecto educativo próprio, com um espírito de corpo docente e discente que deixou de existir, foi absorvida por um agrupamento sem garra, sem vida pedagógica própria, que passou a sede de agrupamento só porque leccionava o 2º. Ciclo, a maldita lei estava mal feita e não tinha em consideração as boas escolas primárias – as que trabalhavam com a comunidade!
E, assim, uma escola, que funcionou com uma direcção em "part-time", apropriou-se de uma outra que por direito devia ser a cabeça do agrupamento.
Neste nosso Portugal têm-se feito reformas no Sistema Educativo que, se a palavra não fosse tão gravosa, eu apelidaria de criminosas.
Reforma-se porque está na moda, ninguém avalia os passos que já foram dados mesmo que tenham sido úteis à sociedade.

O tal “Botinhas”, o Ditador, abria escolas nos mais distantes e inóspitos lugares para puxar pelo povo, estes Socialistas fecham-nas porque é muito caro mantê-las abertas. Sem dó nem piedade, mesmo que os meninos se levantem de madrugada, cheguem, depois de uma hora ou mais de viagem, sonolentos à escola, e regressem a casa já depois do sol-posto. Que amor estas crianças podem criar às suas terras? Mal as vêem, nunca vão brincar nelas; os rios e os cabeços, os prados e os bosques vão ser para eles coisas estranhas que os de fora vão poder destruir à vontade sem que eles sintam qualquer raiva e se oponham a isso!
publicado por MaiaCarvalho às 19:17

Por acaso o Pedro Pimpão é deputado municipal? Em relação ao seu post concordo desta vez.
26 de Setembro de 2006 às 18:38

Realmente é muito triste aquilo que temos vindo a assistir. Quanto Portugal sente um fenomeno crescente de despovoamento do interior (até foi criada mais uma barracada com o repovoamento de Vila de Rei com brasileiros)com a litoralização e a bipolarização a assumirem-se cada vez mais como fenõmenos galopantes, eis que há um governo que, por critérios meramente economiscistas vai contribuir para um Portugal de 1ª e um de 2ª. Compreendo algumas medidas implementadas mas outras são inadmissiveis a aprová-lo estão os casos de isolamento que se estão a intensificar...
26 de Setembro de 2006 às 11:27

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