Finalmente encontrei uma cidade em tudo semelhante à maneira de urbanizar à “la pombalense”: casas velhas a cair junto de prédios novos de muitos, muitos andares mas, em bastos casos, já com as pinturas ou os mosaicos das paredes, esfoladas aquelas e a cair estes últimos. Palacetes de granito elegantes, ombreando com imóveis inestéticos de vidro e betão.
Até tem Corgobus a rivalizar com os nossos Pombus!
A Linha do Corgo já não funciona com comboios. Agora são autocarros, gastando combustível fóssil, lançando na atmosfera CO2, entre outros gases poluentes.
Claro! Como é que a indústria de estradas e auto-estradas (a maior “produção nacional” depois da adesão à União Europeia) poderia apresentar os lucros que apresenta.
Se houvesse comboios com passageiros e carga para e por todo o país, como é que podiam subsistir as transportadoras de quintal que pululam por lugarejos e aldeias?
Pobres caminhos municipais e vicinais! Neles transitam, não as camionetas de 600 kg ou, vá lá, de duas toneladas, mas camiões de longo curso às vezes com atrelados e pesando 10, 20, 30 e até 60 toneladas. Depois as senhoras câmaras cobrem-nos com asfalto e remendam os estragos causados por estes excessos, com o dinheiro dos contribuintes que autarcas criteriosos e excelentes transformam em votos!
A racionalização de transportes foi coisa em que a maioria dos nossos governantes e autarcas nunca ouviu falar e o “zé-da-esquina”, ex emigrante numa frança qualquer, também não!