Pela relva, nas sombras do arvoredo e até à língua de areia antes das águas traquilas do rio, há muitos casais novos com os seus bebés e filhotes. Ela foi pela margem até Albarquel, a maré esta vazia. Espero aqui. A água do Estuário do Sado brilha num azul espelhado que não é azul nem prata mas os dois, um turquesa leitoso de cristas pequeninas transparentes.
Estou em repouso como se a estiagem me paralizasse o cérebro, não penso, apenas divago ao sabor do tempo que não sinto correr. Os barquitos passam, os motoes que não ronronam, zunem como abelhas ou moscas em enxames. Vem o sol, A sombra foi rolando, ocupava a mesa toda, agora está toda lá fora...