29 de Janeiro de 2007
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Em CasteloBranco há livrarias que parecem aquelas lojas das aldeias que vendiam tudo, desde parafusos a bacalhau. Também as há de luxo,mas esta é o máximo pois que, além do mais, tem os olhos postos no futuro. Nada do que faz hoje fica alheado do porvir. Podia servir de exemplo para muitos por esse país fora, tão aleijadinho, tão socrático (aquele que nunca responde mas pergunta sempre, obrigando-nos a aprender à nossa custa). O chato é que as eleições ainda vêm tão longe!
publicado por MaiaCarvalho às 17:09

23 de Janeiro de 2007
Logo à ida, quando passámos em Pedra do Altar, parámos para beber café e desenferrujar as pernas, no “Restaurante dos Amigos”, onde costumam também parar muitos camionistas, para meter água.
Este tinha um ilustre companheiro de viagem: um cãozito, equipado com colete reflector e tudo que, no meio dos objectos do tablier, parecia também um boneco. Se não se tem mexido e latido (aquilo nem era ladrar!), não dávamos por ele.
Aprendi, desde o tempo em que viajava profissionalmente, que os restaurantes onde se deve parar para comer ou beber, devem ser aqueles em que os camionistas também param. Eles é que sabem onde se come e bebe bem!

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Pois o cãozito “Rafa” era um amor de cachorro. Gostamos muito de cães! Temos até uma rafeira chamada “Luna”. Apanhou-a o meu filho Filipe, abandonada numa noite de chuva, ainda bebé com uma irmãzita, a “Sacha”. Ainda traziam os cordões umbilicais agarrados à barriga. Criámo-las a biberão eu e a minha mulher, levantávamo-nos de noite e tudo para lhes darmos leite de três em três horas. Ela tratava da Luna, eu tratava da Sacha. Era como se fossem gémeos e voltássemos a ter filhos pequenos cá em casa. Quando a Joana se casou quis levar a Sacha para casa dela e nós deixámos.
Quando andamos a passear cumprimentamos todos os cães que encontramos, principalmente os vadios, são os mais agradecidos.
publicado por MaiaCarvalho às 19:33

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Cidade de Castelo Branco, fim-de-semana romântico!
Exorcismo e reconquista de espaço, eis como posso descrever a minha apetência pela cidade.
Comprámos três livros: As Máscaras de Salazar, de Fernando da Costa; A Charneca da Beira, de Sebastião Alves e Os Símbolos Heráldicos de São Vicente da Beira, de José Teodoro Prata. Em três livrarias diferentes. Porque comprámos estes livros e não outros quaisquer? Vá-se lá saber! Foram mesmo compras por impulso. Mas com o decorrer da redacção destes apontamentos talvez descubramos as razões que certamente serão ignoradas pela Razão.
publicado por MaiaCarvalho às 09:07

22 de Janeiro de 2007
Havia uma biblioteca
em Tombuctu,
onde as caravanas paravam,
vindas dos sonhos
com ouro e escravos do Índico,
por onde andara Luís Vaz,
febril e com piolhos,
pelejando e fazendo amor.

Há ainda uma biblioteca
em Tombuctu,
onde não está nenhum manuscrito
de Luís Vaz,
talvez resgatado do fundo do mar.

Haverá uma biblioteca
em Tombuctu

por ser no meio de lugar nenhum
é lá que tudo acontece.

guy ( http://noindex.blogspot.com/2006/01/tombuctu.html )

Descobri este poema neste endereço e como gostei, aqui lhe dou publicidade.
Muito obrigado ao autor.
publicado por MaiaCarvalho às 20:17

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