O que se está a passar com Pombal é um fenómeno comum a bastantes cidades: - A terciarização da sua actividade económica, o envelhecimento dos residentes e a degradação dos prédios de habitação do centro da cidade.
Os prédios antigos não são recuperados, são demolidos e, em seu lugar, constroem-se prédios modernos vocacionados para escritórios e lojas, preterindo a ocupação habitacional. Isto gera um ermamento dos centros, incluindo os históricos, deslocando-se as populações para as periferias.
É fácil verificar que depois das 21 horas, nos dias úteis, e aos sábados e domingos (tirando o breve período das horas das missas) o centro de Pombal é um deserto.
Centros Comercias à média luz, com os seus espaços comerciais fechados a partir das 21 horas, ruas desertas onde até cafés, que até há bem poucos anos, ofereciam as suas mesas para uma bebida e conversas longas entre amigos, estão agora fechados e de luzes economicamente apagadas.
Não passa ninguém com aspecto normal e, por isso, surgem aqueles jovens mais ou menos "enragées", muitos blacks e imigrantes de outras etnias, falando alto, marmelando sentados pelos mais variados sítios, incluindo aquele arremedo de "pelourinho" na Praça 5 de Outubro, obrigando as abnegadas forças da PSP a vigilância redobrada. Queixa-se um outro blogueiro pombalense, o Palumbar, de que o centro de Pombal e algumas outras ruas têm pouca iluminação. Mas será que faz falta mais iluminação? É que estas actividades, mais ou menos paralelas, mais ou menos erotizadas, mais ou menos narcotizadas, não necessitam de muita luz. E o economicismo dominante exige medidas de contenção.
Depois, há certas ruas que, se mais iluminadas, iriam perder a sua função social de permitirem o discreto embarque em automóveis, de mais ou menos topo de gama, das respeitáveis meninas e senhoras sobre as quais deve impender o mais discreto anonimato.
Infelizmente isto não é pecha nossa, em Lisboa já é assim há muito tempo! Mas eu depositei tantas esperanças em Pombal!
Os prédios antigos não são recuperados, são demolidos e, em seu lugar, constroem-se prédios modernos vocacionados para escritórios e lojas, preterindo a ocupação habitacional. Isto gera um ermamento dos centros, incluindo os históricos, deslocando-se as populações para as periferias.
É fácil verificar que depois das 21 horas, nos dias úteis, e aos sábados e domingos (tirando o breve período das horas das missas) o centro de Pombal é um deserto.
Centros Comercias à média luz, com os seus espaços comerciais fechados a partir das 21 horas, ruas desertas onde até cafés, que até há bem poucos anos, ofereciam as suas mesas para uma bebida e conversas longas entre amigos, estão agora fechados e de luzes economicamente apagadas.
Não passa ninguém com aspecto normal e, por isso, surgem aqueles jovens mais ou menos "enragées", muitos blacks e imigrantes de outras etnias, falando alto, marmelando sentados pelos mais variados sítios, incluindo aquele arremedo de "pelourinho" na Praça 5 de Outubro, obrigando as abnegadas forças da PSP a vigilância redobrada. Queixa-se um outro blogueiro pombalense, o Palumbar, de que o centro de Pombal e algumas outras ruas têm pouca iluminação. Mas será que faz falta mais iluminação? É que estas actividades, mais ou menos paralelas, mais ou menos erotizadas, mais ou menos narcotizadas, não necessitam de muita luz. E o economicismo dominante exige medidas de contenção.
Depois, há certas ruas que, se mais iluminadas, iriam perder a sua função social de permitirem o discreto embarque em automóveis, de mais ou menos topo de gama, das respeitáveis meninas e senhoras sobre as quais deve impender o mais discreto anonimato.
Infelizmente isto não é pecha nossa, em Lisboa já é assim há muito tempo! Mas eu depositei tantas esperanças em Pombal!