
O Alentejo está diferente. Continua lindo, por enquanto!
As cidades e vilas do Grande Lago, como eles dizem, está a transformar o Alentejo em terra de empreiteiros e marinheiros. Agricultores há poucos e os que há, diz-se pelos cafés daquelas vilas, são espanhóis ou de outros países. As árvores curvadas aos pés dos montes agora são mais do que no tempo da Florbela e talvez não tenham a mesma sede. São muitas as oliveiras, os pinheiros mansos e as vinhas mas já não são nossas! Potentes iates ondulam na albufeira e, pelas estradas, jipes e carros topo de gama arrastam barcos equipados por caríssimos motores.
O Alqueva é a obra social feita para os ricos pelos socialistas deste jardim à beira mar plantado, para benefício dos agricultores alentejanos que venderam as suas terras aos espanhóis e aos empreiteiros que como abutres pairam sobre as águas azuis. Metade do Alentejo está à venda e a outra já foi vendida!
Beja, Serpa, Moura, Mourão, Reguengos de Monsaraz têm o comércio tradicional para trespasse ou à venda por qualquer preço, nos seus centros históricos.
O Alentejano é uma raça ameaçada, em vias de extinção e ninguém lhe acode