29 de Outubro de 2005
Aqui está uma pergunta que poucos ousam formular e ninguém, honestamente, pretende responder.

E quando alguém aborda este tema o mínimo que lhe acontece e ser apontado como inimigo do progresso.
Mas qual progresso? O dos ricos cada vez mais ricos?
Se calhar somos todos egoistas e gananciosos!

Leiam "A Mentira Globalizada" da autoria de João Marques dos Santos, no Correio da Manhã de ontem.

Segue um pequeno excerto para lhes abrir o apetite:

«O que Soares devia desafiar Cavaco a fazer era que nos dissesse como acha que o Estado deve tratar os menos favorecidos e os excluídos, que serão cada vez mais. Se vê como um imperativo nacional garantir-lhes condições de vida minimamente dignas, se deve garantir-lhes assistência na doença, se a Justiça e a Educação também serão para eles, se vai opor-se a que os seus filhos nasçam “geneticamente” condenados a uma sub vida, ou se, pelo contrário, os vai abandonar à sua (falta de) sorte.
E como o fará. Se prevê a nossa “africanização” como uma inevitabilidade que nos transformará num país onde os sobreviventes tenham de viver em casas transformadas em “bunkers”, com medo dos que nada têm a perder, porque nada têm. Se lhe é indiferente que o homem (europeu) volte a ser o lobo do homem. Ou se há remédio para isto nos seus compêndios.
É esta definição dos deveres do Estado que se impõe que seja feita.
No limite, queremos saber de Cavaco, de Soares e de Alegre se, neste quadro, se justifica a existência do Estado que eles se propõem representar.
O nosso drama não passa pela probabilidade da eleição de Cavaco, ou de Soares ou de Alegre ou de qualquer outro. Neste contexto, que venha o diabo e escolha.
O nosso verdadeiro drama é que existem muitas centenas de milhares de eleitores que acreditam piamente que eles (que não irão governar nem alterar os condicionalismos internacionais que minimizam o nosso poder de decidir o nosso futuro) poderiam ou iriam modificar o que quer que fosse. Resolver um problema que não é só nosso e ameaça a Europa como uma consequência das suas responsabilidades históricas.
E que todos eles sabem que mentem quando sugerem o contrário.»

Deliciem-se e pensem um pouco...
publicado por MaiaCarvalho às 08:51

28 de Outubro de 2005
Olho a capa do "Correio da Manhã" de hoje e nem quero acreditar!
Imaginem que ninguém falava em crise, quanto não seriam os lucros?


CM 28-10-2005.JPG
É por isto que continuo a rir-me das crises propaladas pelo Governo para manter o povo a falar baixinho e de cabeça envergonhada.

Crise? Só na classe média que paga impostos! (Agora até os pensionistas e reformados)
Que os ricos, e os políticos que os servem, estão cada vez mais ricos; os pobres, esses, são diariamente promovidos a desgraçados e a indigentes!

Governantes? Sejam de que cor forem, venha o Diabo e escolha!
publicado por MaiaCarvalho às 13:18

26 de Outubro de 2005
Mario Soares.JPG
Então, é desta que os portugueses vão entender que os sacrificios que se lhes pedem são o resultado do "fartar vilanagem" de sucessivos e alternados governos de PSD e PS, dos últimos 30 anos?

Ó Velho do Restelo se tu soubesses que quinhentos anos depois ganharias, terias andado tão acabrunhado?

Ou gozaste "que nem um preto" vendo o caminho que a monarquia portuguesa levava, até à sua derrocada final e à tua vitória em toda a linha em 1975?

Ah! Velho do Restelo, julguei-te bem morto quando menino estudava a História do meu País. Quando lia os Lusíadas, julgava-te derrotado para sempre e tu acordas assim inopinadamente com a vergonhosa descolonização?

Isto não lhe lembra nada sr. Dr. Soares?

Nota: - A foto é uma citação do Público de hoje
publicado por MaiaCarvalho às 12:27

Tenho muitos amigos em Pombal! Pronto, está bem, alguns são amigos da onça!
Tenho alguns amigos em Pombal, mas também tenho inimigos que bastem. Para quê estar a arranjar mais com a mania das perguntas? (Perguntas impertinentes, dirão alguns).

Pois é, mas não consigo evitar. Andaram anos a dizer-me que mais importante que saber respostas, saber fazer as perguntas esclarecedoras (as que abrem novos caminhos, até nas ciências), é que é fundamental.

Há uma Associação de Defesa do Património Cultural de Pombal? Deve haver, porque todos os anos a minha conta bancária é diminuida de cerca de 7 euros (quota mais encargos) mas e obras? Alguém sabe de alguma, em que a dita associação, tenha sido ouvida ou tenha apresentado um relatório público e esclarecedor do seu parecer?
E sede? Alguém sabe onde é? (Mesmo que eu queira deixar de ser sócio para onde devo escrever a desistir?) Quem me propôs era uma senhora a que chamavam doutora (nunca cheguei a saber se era licenciada) e porque a via pelos Paços do Concelho e no Museu do Marquês de Pombal, até pensei que era uma pessoa responsável e por isso preenchi a ficha para ser sócio. Até acreditei que uma associação de defesa do património cultural de Pombal, seria útil.

Não tomei em consideração que aqui, como noutros municipios, a troco de umas migalhas (que pode ser até emprego na câmara), esquecem-se todos os princípios e utilidades.
Olhe, Drª Otília, diga-me por onde anda e porque é que a associação deixou de ser visível no concelho? Pode mandar-me um mail (maiacarvalho@sapo.pt).

É que estar a pagar para uma associação que eu não sei o que faz, é muito chato! A única pessoa que conheço como pertencendo a tal colectividade é V. Exa a quem entreguei a ficha de inscrição, já não me lembro bem, mas foi antes de 1997.

Nota importante: - É bom que fique bem claro que a honestidade desta senhora nunca esteve em causa. A pergunta é, apenas e só, sobre o funcionamento da Associação de Defesa do Património Cultural de Pombal.
publicado por MaiaCarvalho às 11:20

22 de Outubro de 2005
Mas quando chegam ao meu conhecimento coisas destas tenho mesmo de escrever!



Assunto: Um crime na Ota (por Miguel Sousa Tavares)




Uma história de 2 aeroportos:
Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares,
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.


Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista,
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.


Tráfego (2004):
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8% ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
Lisboa: 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.

É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito.
Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos últimos anos. Ninguém investiga isto?

E sabem quem é o dono dos terrenos da Ota..... Pois é... o Dr. Mário Soares, sabem agora porque é que ele se vai recandidatar. Porque o negócio com o Cavaco na presidência poderia ser inviabilizado.

É preciso fazer alguma coisa.
Pelo menos divulguem

Nota: Continuo a não gostar do Cavaco Silva!
Nota2: Os terrenos não têm só um dono, há toda uma chusma de especuladores imobiliários à rasca se o aeroporto se não fizer!
publicado por MaiaCarvalho às 13:54

Estes textos amorfos que escrevo, não têm nada a ver comigo!

Estou farto de politiquices!

Não, não quero mais!
publicado por MaiaCarvalho às 10:50

21 de Outubro de 2005
Dúvida metalinguística:

«Cavaco Silva é economista? É economístico? Ou é economítico?»

Neste pantanoso nevoeiro político, que a todos nos cega, é capaz de, sebastianístico, ser isso tudo!

Desejemos não ficar prisioneiros do seu "presidencialismo" latente...
publicado por MaiaCarvalho às 09:34

18 de Outubro de 2005
Fiz há pouco referência à forma de resolver o problema dos 2.000.000 de pobres do nosso país. A ideia nem é original. Pode encontrar-se numa excelente obra literária do séc. XVIII, de que abaixo transcrevo os parágrafos iniciais.


«NADA IMPRESSIONA TANTO
os que percorrem a nossa capital, ou viajam pela nossa província, como o espectáculo dos mendigos que atravancam ruas, estradas, o umbral dos casebres, acompanhados de três, quatro, seis filhos andrajosos que interpelam o transeunte de mão estendida. Mães de família, que poderiam ser trabalhadoras mui dignas, todo o dia se atiram para a rua a mendigar o pão dos filhos que a morte não saberia de outro modo poupar e cuja inactividade arrastará forçosamente à rufiagem ou a mercenários, em Espanha, desse Pretendente que os arranca à querida Pátria, ou ainda a escravos voluntários nas Ilhas Barbadas.
Todos os partidos aceitam como verdade (julgo eu) que este prodigioso número de crianças nos braços, às costas ou agarradas à mãe (quando não ao pai) constitui muito grande e suplementar contratempo na actual conjuntura do Reino. Por isso toda a actuação radical, barata e fácil tendo em vista integrá-las com êxito e durabilidade na riqueza nacional há-de ser de apreciável interesse público, e ao seu teorizador deveria levantar-se, ao menos, uma estátua como benfeitor da nação.
Não pretendo (longe de mim tal ideia) restringir este projecto aos filhos dos mendigos profissionais. Concebo-o mais vasto e susceptível de englobar a totalidade das crianças de uma determinada idade cujos pais se encontram em tão más condições de prover ao seu sustento como os pedintes das ruas.
Nos vários anos de reflexão que eu consagrei a este importante projecto depararam-se-me outros, de autorias várias, invariavelmente atingidos por grosseiros erros de cálculo. Uma coisa ressaltou como certa: toda a mãe pode amamentar o seu filho durante um ano solar, contado desde o parto, bastando dispor de um pequeno suplemento alimentício avaliável em menos de dois xelins ao dia, soma que o exercício legal da mendicidade garante, por certo, em numerário ou restos de comida. O meu projecto dirige-se, por isso, às crianças com a precisa idade de um ano e pretende fazê-las contribuir para a alimentação e vestuário de muitos milhares de homens, deixando de constituir um fardo para os seus pais ou a paróquia e evitando que lhes falte pão e roupa em todo o resto da vida.
O meu plano ainda pressupõe outra vantagem que é anular os casos de aborto voluntário e a horrível prática do infanticídio – por infelicidade demasiado vulgares entre as nossas mães-solteiras e em grande parte motivados pelo medo da despesa, que não pela vergonha-sacrifício de pobres crianças inocentes que arranca lágrimas de compaixão aos mais selvagens e desumanos corações.
No milhão e meio de almas a que se eleva a população irlandesa existem, segundo creio, cerca de duzentos mil casais cuja mulher é fecunda e trinta mil, entre estes, em estado de sustentar os filhos (número que admito forçado tendo em vista a pobreza do Reino). Das cento e setenta mil reprodutoras que sobram púnhamos de lado mais cinquenta mil, que abortam, e aquelas a quem os filhos morrem com menos de um ano por acidente ou doença. Disto resulta um total de vinte mil crianças nascidas em famílias pobres e num só ano. Como educar tamanha multidão? Como garantir o seu futuro? Este problema, repito, não o solucionam os projectos que conheço em respeito com os dados da presente conjuntura. Porque não é possível arranjar tantos empregos na indústria e na agricultura; porque a construção hiberna (pelo menos na província) e os campos mantêm-se baldios. Viver da rapina? Impossível antes dos seis anos, não sendo com indivíduos excepcionalmente dotados. Concorde eu que os rendimentos de uma profissão se aprendem depressa, a verdade é que nunca ultrapassam, deste modo, o nível da aprendizagem. Colho estes dados de uma personalidade importante do Condado de Cavan que me assegura não conhecer mais do que um ou dois ladrões qualificados abaixo dos seis anos, apesar de precoces em tal arte os naturais da terra.»

Jonathan Swift

In. «Proposta Modesta para evitar que os filhos dos pobres da Irlanda sejam um fardo para os seus pais ou o País…»
publicado por MaiaCarvalho às 19:04

Graças a Deus sou ignorante e não percebo nada daqueles números elegantemente elaborados pelos nossos distintos economistas.
A saúde? Para que é que a saúde precisa de dinheiro? Se vier a benfazeja pandemia de gripe e for uma variante humana, o problema da saúde está resolvido se morrer um número suficiente de portugueses, (prevêem 12.000 mortos, mas com cuidados eficazes não é dificil chegar aos 25.000) a despesa pública com a saúde desce drasticamente!
A educação? Para quê mais educação? Então os imigrantes que nos chegam de leste não vêm já suficientemente educados?
Que desperdicio educar mão de obra cara (e pouco produtiva - dizem os politicos e os empresários), quando se pode ter mão de obra barata e já educada nos seus países de origem?

Este pequenino apontamento recolhi-o em «http://paulodasneves.blogs.sapo.pt/»





Proposta Modesta.JPG
Agora lá vai o meu contributo:

Jonathan Swift, no Séc. XVIII, mais precisamente em 1729, dava esta preciosa ajuda ao Governo Inglês da altura.
Eu não sou escritor, não tenho obra publicada, mas imaginação não me falta. Assim na mesma linha de politica de contenção, e uma vez que já possuimos Hospitais, SA, podíamos acabar com os dois milhões de pobres (2.000.000) que afligem a nossa economia, eliminando-os pura e simplesmente.
Não deve ser mais dificil do que eliminar dezenas ou centenas de milhões de efectivos pecuários infectados.
O que se poupava em prestações sociais, pensões de integração social, pensões de reforma, saúde e segurança social, a longo e muito longo prazo, justificava bem o investimento.
E deixávamos de andar a brincar aos socialismos e sociais democracias pseudo humanistas! Era mesmo tudo feito cinicamente e às claras, nada de ilusões!

Só mais uma pergunta: Quando privatizam o Estado?
Qualquer grupo económico comprava e desenvolvia uma economia sólida, baseada em escravos assalariados, certamente mais bem pagos que estes mantidos pelos governos que temos há mais de trinta anos. E ainda dava lucro. Tenho a certeza!

Quem quiser ler o opúsculo de que mostro o rosto, em cima, peça-mo dizitalizado e zipado para o meu endereço electrónico:

maiacarvalho@hotmail.com
««Isto é uma oferta de empréstimo gratuito de acervo da minha biblioteca privada.»»
publicado por MaiaCarvalho às 12:30

16 de Outubro de 2005
No seu excelente artigo de hoje no Público diz entre outras coisas:

«Santo ou "gangster", honesto ou corrupto, competente ou estúpido, discreto ou demagogo, o candidato ou o autarca tem apenas de provar que defende "os interesses das suas populações". Isto é, obras, licenças, alvarás, adjudicação expedita de concursos, favores, piscinas, pavilhões, urbanizações, rotundas, loteamentos extravagantes, construções inúteis...»

Quem desnudou, tão cruamente, o que, parece, edis rosas e laranjas têm andado a fazer em trinta anos de democracia nossa?

Volto a citar:

«Pior que tudo, no entanto, é a inutilidade democrática a que vamos sendo levados. Tradicionalmente se pensava que os mecanismos democráticos serviam para renovar os políticos e as políticas, despedir os imcompetentes, demitir os corruptos, recompensar os bons servidores e dar uma oportunidade à mudança.»

Somos mesmo um país de sonhadores!
publicado por MaiaCarvalho às 11:09

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