31 de Maio de 2005
Quem na sociedade portuguesa tem, de alguma maneira, ganho alguma fortuna com o dinheiro europeu (mesmo que seja em acções de formação de faz de conta ou asfaltamentos de quilometros quadrados de território!), deve votar Sim ao Projecto de uma Constitução para a Europa porque tem medo que a "teta" seque.
Os outros, como eu, têm dúvidas que só a Europa proposta por esta Constituição tenha futuro.

Hoje no "Público" li uma carta do Sr. António Brotas, de Lisboa, dirigida a Eduardo Lourenço que muito me agradou.
Referindo-se ao Não francês diz, de uma forma muito mais elegante do que a minha do post de ontem o mesmo que eu penso.

Por isso me atrevo a transcrever uma passagem ilustrativa:
«Votaram "não" porque entendem que o futuro das sociedades, em particular da europeia, não pode ser confiado ao puro funcionamento das regras de mercado, que faz com que as pessoas acabem por ser tratadas como mercadorias. Sobretudo, não aceitam que disposições que assim o determinam fiquem inscritas de um modo praticamente irreversível numa futura Constituição da Europa, que só poderá ser alterada pelo voto unânime dos 25 países que a compõem.»

Desde sempre me repugnou que as pessoas fossem tratadas como mercadoria. E ficarmos presos a regras que só podem ser alteradas por unanimidade, são grilhetas demasiado pesadas para qualquer amante da liberdade.
publicado por MaiaCarvalho às 21:54

30 de Maio de 2005
O "Não" dos franceses não é contra a Europa como alguns bonzos políticos da nossa praça querem fazer crer. É contra o neo-liberalismo, essa forma de capitalismo selvagem e impúdico, que nos querem fazer tragar.
Na Alemanha também algumas vozes, ainda que timidamente, já vão dizendo que esta ideologia política não serve. «Obviamente que serve alguns, caso contrário não teria seguidores»
Como as Universidades ensinam de acordo com as ideologias da classe dominante não admira que os economistas defendam o grande capitalismo internacional: - São eles que lhes pagam!!
Era tão bom que eu estivesse enganado!
publicado por MaiaCarvalho às 12:07

28 de Maio de 2005
Passei ontem, numa rua de Pombal, por uma colega ainda no activo.
Cumprimentei-a e, muito naturalmente, perguntei-lhe:
- Então, e a nossa escolinha?
Resposta dela:
- Ai! A nossa escolinha é de toda a gente menos nossa.

Isto ficou a morder-me a consciência: Será que esta perda de identidade dos professores com a sua escola tem alguma coisa a ver com o insucesso escolar?

O que faz os professores sentirem a escola como coisa de outrem?

Quem inibe o amor dos professores pela escola «que ainda os há apaixonados por ela», fazendo-os sentirem-se perdidos numa terra de ninguém?

Nota Final: A macacada do concurso para a colocação dos professores em 2003/2004 custou, ao erário público, 20 (vinte) milhões de Euros. Para que conste: - Ninguém foi preso!
publicado por MaiaCarvalho às 18:52

24 de Maio de 2005
"Le Figaro" de 20 de Maio publicava este artigo que já antecipava a aplicação da Directiva Bolkestein:

Un sous-traitant de France Télécom emploie des ouvriers portugais à des conditions désavantageuses
Une fraude au Code du travail nourrit les craintes sur le dumping social
François-Xavier Bourmaud
[20 mai 2005]


Après le fameux plombier polonais, c'est au tour du planteur de poteaux téléphoniques portugais de s'immiscer dans la campagne référendaire. A moins de deux semaines du référendum, l'emploi par un sous-traitant de France Télécom d'une centaine de salariés sous contrat de travail portugais alimente la polémique sur le «dumping social», qu'agitent les partisans du non. Le cas de Constructel est à la fois banal et inquiétant. Pour remporter le marché de l'installation des poteaux et lignes téléphoniques de France Télécom dans le sud-est et le centre de la France, la filiale de la société portugaise Visabeira n'a pas hésité à faire baisser le prix de ses prestations en embauchant des salariés portugais aux conditions du marché local, nettement inférieures à celles du marché français. Selon le syndicat Sud, ces ouvriers travaillent jusqu'à «soixante heures par semaine, et six jours sur sept». «C'est légal et c'est prévu dans les règles communautaires», affirme le directeur commercial de Constructel. Les partisans du rejet de la Constitution européenne n'ont pas tardé à s'engouffrer dans la brèche pour dénoncer «une anticipation de l'application de la directive Bolkestein», selon le Parti communiste.

É melhor começarmos a pensar seriamente num NÃO rotundo ao tal projecto de "Uma Constituição para a Europa"
Depois deixa de ser fraude, passa a ser legal!
publicado por MaiaCarvalho às 22:12

Ontem veio à Televisão falar um senhor doutor anestesista, para nos preparar para a dolorosa intervenção cirúrgica a que o chamado Governo terá de submeter a sacrificada população deste reino à beira mar plantado!

É pena que ninguém tenha votado nele e seja ele a ter de indicar aos homens, em quem a maioria votou, o que devem fazer para governar o País.

É pena que sejam sempre os mesmos a pagar os disparates das modas governamentais.
Quantos salários mínimos ganha a excelência faladora?
Ninguém sabe, assim como a maioria também não sabe, dos milhares de salários mínimos ganhos por todos os doutos gestores desta pobre nação.

Que hipocrísia!
Eu por mim, só vou preocupar-me quando os bancos, as seguradores e as bolsas (além das gordas multinacionais), diminuirem os seus lucros escandalosos.

Crise? Qual crise?
Ah, parece que nos seis vírgula oito ainda não estão contabilizados (previstos) os gastos das autarquias em ano de eleições.

Vai mesmo ser lindo!
Uns gastam à tripa forra, os outros fazem economias!
publicado por MaiaCarvalho às 08:12

12 de Maio de 2005
A leitura é, muitas vezes, mais interessante que a vida e mais imprevisível.
Olhamos para uma pessoa, imaginamos como é e, depois de convivermos com ela, verificamos quanto e como é diferente!
De igual modo um livro. Olhamos para ele, apreciamos o seu volume, lêmos o título e só depois de o lermos nos apercebemos das suas maravilhas ou dos seus horrores.
Com as pessoas é exactamente a mesma coias... Só que nos desiludem mais vezes que os livros.
publicado por MaiaCarvalho às 14:53

09 de Maio de 2005
Toda a minha vida, privada ou pública, fui politicamente incorrecto!
Cheguei a ser ostensivamente provocador na minha juventude e achava isso o máximo.
Hoje estou um pouco mais "civilizado", quer dizer mais hipócrita.
Mas nem tudo o que se diz por aí em temos de política, ou educação, ou política de educação me deixa tranquilo e conformado!
Há demasiada gente a gostar de súbditos e muito poucos sentem qualquer consideração por esclarecidos cidadãos.
Falta pouco para nos colocarem vídeo-vigilância nas casas de banho!
Desde o Castelo ao Pavilhão-da-Caldeira, em edificios públicos e privados, já os há em profusão.
Sessenta anos depois do fim do III Reich apetece perguntar:
- O que será um Estado Policial?
publicado por MaiaCarvalho às 10:54

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