Quando estava no activo ouvia certas barbaridades que, algumas vezes, me colocaram quase em rota de colisão com os papás dos alunos.
Eis algumas:
1) As explicações que queriam arranjar para os filhinhos. Sempre achei que o que a escola ensinava era suficiente. Se não fosse, então alguma coisa estava mal.
2) Os trabalhos de casa quilométricos. Um lembrete rápido para consolidar o que havia sido aprendido mais nada, o resto do tempo era para brincar.
Isto irritava de sobremaneira as mamãs e os papás: - Deixe o seu filho brincar, ele aprende mais a brincar que agarrado aos cadernos a repetir lições atrás de lições.
3) A incongruência da ocupação de tempos livres! Se são livres, só o próprio tem legitimidade para os ocupar, ou não, conforme quiser! Ninguém deve julgar-se capaz de ocupar o tempo livre de alguém. Se o fizer está simplesmente a usurpar um direito inalienável do indivíduo.
Por questões como esta, achei muita graça ao documento que transcrevo, a seguir, e que pessoa amiga me enviou por e-mail
PARA OS QUE PASSARAM A BARREIRA DOS 35
NÓS TIVEMOS SORTE!!!...
Para quem já tem mais de 35 anos...faz pensar que até tivemos sorte.
Olhando para trás, é difícil acreditar que estejamos vivos.
Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air-bag.
Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos boleia.
Bebíamos água directamente da mangueira e não da garrafa.
Gastámos horas a construir os nossos carrinhos de rolamentos para descer ladeira abaixo e só então descobríamos que nos tínhamos esquecido dos travões.
Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.
Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltávamos quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém nos podia localizar. Não havia telemóveis.
Nós partimos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós próprios.
Tivemos brigas, esmurrámo-nos uns aos outros e aprendemos a superar isso.
Comemos doces e bebemos refrigerantes mas não éramos gordos. Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar.
Compartilhámos garrafas de refrigerantes e ninguém morreu por causa disso.
Não tivemos Playstations, Nintendos e toda a parafernália de jogos de vídeo, nem 99 canais de TV Cabo, som surround, telemóveis, computadores ou Internet. «Nós tivemos amigos! »
Saíamos e íamos ter com eles. Íamos de bicicleta ou a pé até casa deles e batíamos à porta. Imaginem tal coisa... sem pedir autorização aos pais nem a ninguém, por nós mesmos!
Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável! Como conseguimos fazer isto?
Fizemos jogos com bastões e bolas de ténis e comemos minhocas e terra,
embora nos tenham dito que aconteceria, nunca nos caíram os olhos ou as minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre.
Nos jogos da escola, nem toda a gente fazia parte da equipa. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a decepção... sem psicólogos!
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros. Eles repetiam o ano! Não inventavam testes extra. Éramos responsáveis pelas nossas acções e arcávamos com as consequências.
Não havia ninguém que pudesse resolver isso. A ideia de um pai a proteger-nos, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Os pais protegiam as leis! Imaginem!
A nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco, criadores de soluções e inventores. Os últimos 50 anos foram uma explosão de inovações e novas ideias.
Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com a frustração.
Tu és um deles. Parabéns!
Passem isto a outros que tiveram a sorte de crescer como crianças!!!
Eis algumas:
1) As explicações que queriam arranjar para os filhinhos. Sempre achei que o que a escola ensinava era suficiente. Se não fosse, então alguma coisa estava mal.
2) Os trabalhos de casa quilométricos. Um lembrete rápido para consolidar o que havia sido aprendido mais nada, o resto do tempo era para brincar.
Isto irritava de sobremaneira as mamãs e os papás: - Deixe o seu filho brincar, ele aprende mais a brincar que agarrado aos cadernos a repetir lições atrás de lições.
3) A incongruência da ocupação de tempos livres! Se são livres, só o próprio tem legitimidade para os ocupar, ou não, conforme quiser! Ninguém deve julgar-se capaz de ocupar o tempo livre de alguém. Se o fizer está simplesmente a usurpar um direito inalienável do indivíduo.
Por questões como esta, achei muita graça ao documento que transcrevo, a seguir, e que pessoa amiga me enviou por e-mail
PARA OS QUE PASSARAM A BARREIRA DOS 35
NÓS TIVEMOS SORTE!!!...
Para quem já tem mais de 35 anos...faz pensar que até tivemos sorte.
Olhando para trás, é difícil acreditar que estejamos vivos.
Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air-bag.
Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em frascos de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar que pedíamos boleia.
Bebíamos água directamente da mangueira e não da garrafa.
Gastámos horas a construir os nossos carrinhos de rolamentos para descer ladeira abaixo e só então descobríamos que nos tínhamos esquecido dos travões.
Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.
Saíamos de casa de manhã, brincávamos o dia inteiro, e só voltávamos quando se acendiam as luzes da rua. Ninguém nos podia localizar. Não havia telemóveis.
Nós partimos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós próprios.
Tivemos brigas, esmurrámo-nos uns aos outros e aprendemos a superar isso.
Comemos doces e bebemos refrigerantes mas não éramos gordos. Estávamos sempre ao ar livre, a correr e a brincar.
Compartilhámos garrafas de refrigerantes e ninguém morreu por causa disso.
Não tivemos Playstations, Nintendos e toda a parafernália de jogos de vídeo, nem 99 canais de TV Cabo, som surround, telemóveis, computadores ou Internet. «Nós tivemos amigos! »
Saíamos e íamos ter com eles. Íamos de bicicleta ou a pé até casa deles e batíamos à porta. Imaginem tal coisa... sem pedir autorização aos pais nem a ninguém, por nós mesmos!
Lá fora, no mundo cruel! Sem nenhum responsável! Como conseguimos fazer isto?
Fizemos jogos com bastões e bolas de ténis e comemos minhocas e terra,
embora nos tenham dito que aconteceria, nunca nos caíram os olhos ou as minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre.
Nos jogos da escola, nem toda a gente fazia parte da equipa. Os que não fizeram, tiveram que aprender a lidar com a decepção... sem psicólogos!
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros. Eles repetiam o ano! Não inventavam testes extra. Éramos responsáveis pelas nossas acções e arcávamos com as consequências.
Não havia ninguém que pudesse resolver isso. A ideia de um pai a proteger-nos, se desrespeitássemos alguma lei, era inadmissível! Os pais protegiam as leis! Imaginem!
A nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco, criadores de soluções e inventores. Os últimos 50 anos foram uma explosão de inovações e novas ideias.
Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade, e aprendemos a lidar com a frustração.
Tu és um deles. Parabéns!
Passem isto a outros que tiveram a sorte de crescer como crianças!!!